Com uma pitada de humor cáustico, o mais recente romance de Andréa del Fuego nos apresenta a história de uma personagem singular: Cecília, uma pediatra completamente desprovida de qualquer afinidade com crianças.
Cecília é o oposto do estereótipo de uma pediatra: uma mulher desprovida de instinto maternal, com pouco interesse por crianças e uma paciência nula para com os pais e mães que as acompanham. Contudo, a medicina era um destino natural para ela, seguindo os passos de seu pai. Apesar de sua aparente frieza com os pacientes, ela mantém um consultório bem-sucedido. No entanto, aos poucos, percebe-se perdendo espaço para um pediatra mais humanitário, que adota práticas como doulas, parteiras e até mesmo partos domiciliares. Mesmo a obstetra cesarista, com quem Cecília sempre colaborou, parece preferi-lo agora.
Diante disso, Cecília se lança em uma investigação sobre a vida das mulheres que optam pelo parto natural e pela medicina alternativa, práticas que ela despreza profundamente. Paralelamente, ela mantém um relacionamento com um homem casado, cujo filho ela acompanhou o nascimento como neonatologista. É esse menino que irá despertar sentimentos nunca antes experimentados pela pediatra.
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